
True Blood é de fato, junto com as obras de Annie Rice e o filme sueco "Let the Right one In", uma das poucas boas adaptações da mitologia vampírica criada por Bram Stoker. A série não deixa a desejar em vários aspectos: possui personagens complexos com personalidades carismáticas e pouco típicas, como Lafayette e seu jeito peculiar de conversar, Eric com seu caráter completamente dual e imprevisível e Bill, um vampiro mais humano que vários homens. Além disso, conta com uma trilha sonora fantástica, com uma abertura ao som de "Bad Things" de Jace Everett, bem a cara da série, que mostra e cria um climão de superstições antigas, religiosidade e fanatismo. True Blood é antes de tudo uma metáfora de extremos com um estilo "gótico sulista" de Lousiana, onde os personagens, com seus sotaques tornam-se marcantes e contribuem para aclimatar a série.Ademais, o programa é também bem fiel ao mito do vampiro, que ao contrário das adaptações modernas como as de Stephenie Meyer, mostra como a sociedade vampírica é formada, com seus reis, rainhas e xerifes; além de também retratar a subordinação e o respeito que os vampiros têm pelos companheiros mais fortes, de maior ascenção na linhagem de sangue. Ao contrário dos chupadores de sangue de Crepúsculo, os vampiros de True Blood provavelmente sentiriam-se ofendidos por poderem caminhar a luz do dia, brilharem como uma lâmpada incandecente, ou negarem sua natureza predatória, como é comum para os chupa-sangue de Meyer.
A série é um prato cheio para aqueles que apreciam vampiros e que buscam uma trama criativa, fiel e envolvente, capaz de fazer qualquer fã esperar ansiosamente por cada capítulo semanal. Recomedadíssimo ;)